quarta-feira, 26 de março de 2014

Futebol Feminino: com apenas um ponto conquistado em três jogos, Nova Zelândia se despede da Copa do Mundo Sub-17

  Por Rodrigo Augusto

  Com apenas um ponto conquistado em três partidas, a Nova Zelândia não conseguiu transformar as expectativas positivas de sua torcida em resultados e acabou eliminada precocemente da Copa do Mundo Sub-17 de Futebol Feminino, disputada na Costa Rica. Nas duas partidas decisivas, as “Ferns” não foram páreo para as fortes seleções de Espanha e Japão.


Espanholas (vermelho) celebram um dos gols sobre a Nova Zelândia (branco) em partida disputada no Estádio Ricardo Saprissa Aymá. Foto: Nación

  Apática: talvez seja essa a melhor definição que simbolize a atuação das “Ferns” na 2ª Rodada da Copa do Mundo Feminina Sub-17 diante da Espanha. Vindas de um bom empate diante das paraguaias na estreia, as comandadas de Jitka Klimkova chegaram motivadas para o embate diante das espanholas; porém a diferença técnica e tática entre as duas equipes ficou evidente e foi decisiva para o resultado final da partida.


Neozelandesas (branco) sofreram com a firme e eficiente marcação das espanholas (vermelho). Foto: Fútbol Balear

  Logo no início, as europeias já mostraram a que vieram e, com apenas 3 minutos, após o cruzamento de Laura Rodrigues, Sandra Hernández finalizou com eficácia para o fundo das redes neozelandesas, inaugurando o placar para “La Roja”. O gol surpreendeu as atletas neozelandesas: apesar disso, a retranca e a aposta nas bolas aéreas seguiram como a “arma” da equipe para tentar segurar o ímpeto das ibéricas e evitar uma goleada.


Apesar dos esforços de Elizabeth Anton (4, branco, Nova Zelândia), Sandra Hernández (17, vermelho, Espanha) recebe a bola e leva "La Roja" ao ataque. Foto: WuniTV

  Na primeira meia hora de jogo, a Espanha dominou a partida com seu tradicional toque de bola, característica que atinge até o Futebol Feminino no País, enquanto a Nova Zelândia se fechava em busca de um contra-ataque. Todavia, as “Ferns” pecavam por sua lentidão e acabavam sendo “presas fáceis” para a eficiente marcação espanhola.


Sandra Hernández (17, vermelho, Espanha) consegue rematar sob o olhar desconsolado de Isabella Coombes (6, branco, Nova Zelândia). Foto: La Voz de Lanzarote

  Aos 34 minutos, veio o balde de água fria: após outra boa jogada de Laura Rodrigues, Pilar Garrote bateu cruzado, sem chances para a arqueira Emma Fulbrook. Com a primeira etapa encerrada, pôde-se perceber que a equipe da Nova Zelândia demonstrava graves problemas de compactação das linhas intermediárias do campo, dando assim maior liberdade para que as jogadas da Espanha chegassem ao ataque.


Ao final dos 90 minutos, as espanholas (foto) celebraram no Estádio do Deportivo Saprissa. Foto: Al Día

  Esta condição poderia ser corrigida na etapa complementar; porém, nos 45 minutos finais, nada mudou: dominando o duelo, a Espanha chegou ao terceiro gol aos 22 minutos, com Nahikari García, determinando o placar final no Estádio Ricardo Saprissa Aymá.



Assista aos gols da vitória espanhola sobre as "Ferns"

  Na última partida decisiva, contra o Japão, apenas um milagre faria com que as “Ferns” conseguissem sua classificação. Em outro duelo em que a superioridade das adversárias ficou evidente, as garotas neozelandesas não conseguiram mostrar seu melhor futebol, acabaram derrotadas e deram adeus à competição.


Mizuka Sato (18, azul, Japão) sofre entrada mais ríspida de Martine Puketapu (9, branco, Nova Zelândia). Foto: Al Día

  O público que acompanhou o duelo do último domingo no Estádio Nacional presenciou um amplo domínio da equipe mista do Japão. Com um toque de bola refinado, jogadoras entrosadas e dispostas a aproveitar as falhas defensivas das rivais, as asiáticas venceram as oceânicas com tranquilidade. Logo na primeira etapa o amplo domínio do quadro nipônico surtiu efeito: aos 20, Saihara deixou duas marcadoras do time rival na saudade após bela jogada individual e, já na linha de fundo, só rolou pra Hasegawa encher o pé e abrir o marcador para as orientais.


Elizabeth Anton (4, branco, Nova Zelândia) tenta parar Asato Miyagawa (6, azul, Japão). Foto: Al Día

  O massacre poderia ter sido consolidado ainda na etapa inicial; porém, a boa atuação da goleira Fulbrook e a falta de pontaria das “Samurais” fizeram com que o placar de 1-0 fosse mantido até o intervalo. Já na segunda metade de jogo a ampla superioridade técnica e tática do time japonês ficou evidente: aos 26 minutos, após trapalhada da defesa “Kiwi”, a árbitra Brasileira Ana Marques sinalizou pênalti, convertido com maestria por Kobayashi.


Com 15 gols marcados e nenhum sofrido em três jogos, japonesas (azul) são o grande destaque do Mundial Feminino Sub-17 até aqui. Foto: WuniTV

  Já em ritmo de treino, as atletas asiáticas se preocuparam em manter a posse de bola, esperando o apito final. Porém, no “apagar das luzes”, aos 48 minutos, Kitagawa, em mais uma bela jogada individual das nipônicas, cruzou para Matsubara estufar as redes e dar números finais ao encontro: Japão 3-0 Nova Zelândia.


Assista aos melhores momentos da vitória japonesa sobre a Nova Zelândia


  O sucesso recente da seleção principal das “Ferns” parece não ter atingido as gerações de base neozelandesas. Após 3 jogos, o representante Oceânico na Copa do Mundo Sub-17 encerra sua campanha com apenas um ponto conquistado em três jogos, terminando sua campanha na 3ª colocação da chave, apenas à frente da modesta seleção paraguaia.

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