quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nova Zelândia pára Celeste Olímpica e já detém melhor campanha da história no Mundial Sub-20

Por Rodrigo Augusto

  Aconteceu na última quarta-feira, na cidade de Cali, a segunda partida da seleção neozelandesa na Copa do Mundo de futebol Sub-20. Dessa vez, os “kiwis” enfrentaram a tradicional seleção uruguaia, e não fizeram feio frente à Celeste Olímpica!
  Antes de a bola rolar, o jogo era visto por parte da imprensa que acompanha o torneio como uma “barbada”, pela gigantesca diferença histórica das duas seleções. Todos apostavam suas fichas em uma vitória fácil e sem quaisquer dificuldades dos uruguaios. Mas a força de vontade do país da Oceania provou que dentro de campo, o favoritismo e tradição ficam fora das quatro linhas nesse Mundial.

Toda a disposição de Hobbs (NZL) e Luna (URU) na disputa de bola

  A partida foi desenhada quase que inteiramente com a “Celeste” comandando as principais jogadas de ataque. Já os “All Whites” tentavam se defender da forma que podiam. O destaque dos atuais campeões da Copa América era o excelente camisa 7, Adrian Luna, que voltava de suspensão e era o responsável pelas jogadas mais perigosas e de armação do sul-americano. Em sua primeira aparição, Luna assustou os “kiwis”, logo aos 7 minutos do 1º tempo.

A Celeste Sub-20 mantém as tradicionais características de marcação uruguaias

  Mas até Luna teve seu destaque ofuscado por um jovem goleiro de cerca de 1,90m de altura, que atua na modesta terceira divisão Alemã: Marinovic, o arqueiro da Nova Zelândia! Apesar da pouca idade, ele mostrou muita agilidade e confiança, salvando várias chances uruguaias, e, com certeza, foi o melhor do jogo. O arqueiro neozelandês até viu Rojas tentar, mas não conseguir abrir o placar no finzinho da primeira etapa.

O Uruguai pressionou os "All Whites" durante boa parte da etapa inicial

  Com o 0-0 e a pressão oriental no primeiro tempo, poucos poderiam imaginar o que aconteceria na segunda etapa: uma partida com muita emoção, com as duas seleções tendo boas chances e buscando o gol a todo momento! Logo nos dois primeiros minutos, os “kiwis” chegaram com perigo em dois lances, com Bevin e Lucas. Pouco depois, na terceira tentativa, saiu o gol que surpreendeu o estádio (que visivelmente apoiava o Uruguai): após bela triangulação, um dos destaques do time, Dakota Lucas, cruzou para Bevin deixar sua marca em um belo peixinho.

Comemoração dos "Kiwis" após o gol de Bevin

  O tento provocou a ira dos Uruguaios, que decidiram partir a todo custo em busca do gol de empate, já que uma derrota nessa altura do campeonato seria desastrosa para os charruas. Todavia, a equipe da Oceania pôde contar com as boas intervenções de Marinovic, que “só não fez chover” em Cali, com defesas arriscadas, que exigiam elasticidade e muita visão de jogo e posicionamento do goleiro “kiwi”.

Uma das impressionantes intervenções de Marinovic

  Mas aos 12 minutos da etapa final, nem mesmo o grande dia de Marinovic impediu o Uruguai de chegar ao empate: após o preciso lançamento de Teixeira, Adrian Luna saiu na cara do gol e balançou as redes deixando a partida não só empatada, mas garantindo a emoção até o apito final.

Saída acrobática de Marinovic

  Os minutos que restavam para o término do jogo mostravam uma pressão uruguaia, já que a celeste se animara com o gol contra a tradicional retranca da Nova Zelândia que, por sua vez, buscava simplesmente segurar o resultado. Após muita luta e determinação dos dois lados, foram os “kiwis” que conseguiram o seu objetivo, alcançando seu segundo ponto em dois jogos nesta edição do Mundial da categoria, que já entrou para a história como a melhor campanha dos neozelandeses em Mundiais Sub-20, já que, na única participação, no ano de 2007, foram 3 derrotas em 3 jogos.

Confira os principais momentos de Uruguai 1-1 Nova Zelândia

  A campanha dos “All Whites” prova as palavras da imprensa local e de nosso blog: essa é a melhor equipe de base que o país já teve! Mas quem pensa que o time irá se contentar apenas com os dois pontos, está enganado! A próxima meta dos oceânicos é bater Portugal, no jogo que pode garantir uma classificação inédita aos “kiwis”, que tentarão prolongar sua jornada na Colômbia para mais de 270 minutos!

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