segunda-feira, 11 de julho de 2011

Confira todo o caminho traçado pelos Kiwis até chegarem ao México e sua campanha no Mundial Sub-17!

  Terminou ontem mais uma edição da Copa do Mundo Sub-17 organizada pela FIFA, que teve o México como grande campeão. Todavia, as equipes da Oceania também participaram do certame, realizando boas campanhas. O “Do outro lado da Bola” traz para você um pouquinho da jornada dos garotos neozelandeses antes e durante o torneio.

Os primeiros passos

  O desafio da jovem seleção da Nova Zelândia no dia 10 de janeiro de 2011, quando a equipe estreou no qualificatório de sua região com uma vitória sobre Vanuatu por 5 x 1. Dois dias depois, os jovens garotos do técnico Aaron Mcfarland encontraram muito mais dificuldade frente à promissora seleção de Fiji e venceram com um 1 x 0 apertado.

A seleção fijiana "engrossou o caldo" ante os neozelandeses

  E a maratona da Nova continuou no dia 14, contra a frágil e inexperiente seleção de Samoa Americana, apontada por muitos como a pior seleção de futebol do mundo (muito disso se deve pela derrota de 32 x 0 frente à Austrália, que agora figura na Ásia). Embora o favoritismo estivesse todo ao lado dos “all whites”, os 4 x 0 apontados no placar final decepcionaram grande parte da imprensa e torcida.

Mesmo goleando a Samoa Americana por 4-0, os "all whites" ficaram aquém das expectativas

 A campanha na primeira fase terminou no dia 16, no North Harbour Stadium (que abrigou todos os jogos do torneio qualificatório), ante Papua Nova Guiné. A vitória por 3 x 0 atendeu aos anseios da torcida, com um bom futebol apresentado.
  A competição “relâmpago” terminou com uma final envolvendo os campeões da cada grupo, que daria ao vencedor o direito de representar a Oceania no Mundial da categoria. Com uma vitória por 2 x 0 sobre o Taiti, os “kiwis” confirmaram a boa fase e o favoritismo, carimbando o passaporte rumo ao México.

A vitória sobre o Taiti coroou o trabalho dos "kiwis" no Sub-17 da OFC

Goleada frente o desconhecido Uzbequistão no primeiro desafio 

  A estréia dos oceânicos no mundial foi no dia 19 de junho, na cidade de Torreón, contra os jovens garotos do Uzbequistão, que estreavam em mundiais da categoria.

  A partida, como se imaginava, foi marcada por muito nervosismo por parte de ambas as equipes. Além da idade e do peso de defender uma seleção num torneio do patamar de um mundial, o fato de o mundo estar com os olhos voltados para os embates da torneio parece ter afetado as duas seleções. No começo muitos erros de passe e faltas duras. Porém, o cenário mudou logo aos 10 minutos da etapa inicial, quando o meia Stephen Carmichael deu o ar da graça no confronto, abrindo o placar. O mesmo Carmichael voltou a deixar sua marca aos 36 minutos ainda da etapa inicial. Buscando uma reação, o Uzbequistão descontou três minutos depois, por intermédio de Timur Khakimov, indo o duelo com o placar favorável aos neozelandeses: 2 x 1.

A cidade de Torreón foi o palco da surpreendente goleada neozelandesa

  O intervalo fez bem aos “kiwis” e coube a Stephen Carmichael, no início do segundo tempo, anotar o seu terceiro gol na partida, sob a ovação da torcida, que aplaudiu o primeiro hat-trick do torneio. Ainda teve tempo para o quarto gol da seleção oceânica, anotado por Jordan Vale aos 42, que definiu o placar final na “cancha” do Santos Laguna.

Tchecos quebram a magia dos "kiwis"

  Passada a ansiedade da estréia, toda a expectativa voltou-se para os “whites” no jogo contra a Republica Tcheca, que aconteceu em Torreón, três dias depois. Mesmo com a retranca armada pelo técnico Aaron Mcfarland , os tchechos confirmaram sua superioridade técnica e Lukas Julis, aos 29 minutos de jogo, com um chute de longe que surpreendeu o goleiro Basalaj, abriu o placar para a seleção europeia.
  

  Depois do intervalo,os oceânicos vieram com outra filosofia de jogo, atacando mais o adversário. Porém, o arqueiro tcheco Zima defendeu tudo, garantindo o mesmo placar da 
etapa inicial e o triunfo de sua equipe.

Bonito gol de Julis garantiu o triunfo tcheco

Empate morno ante os "yankees" garante vaga

  A primeira fase terminou na cidade de Pachuca, no dia 25, com um jogo envolvendo duas ex-colônias britânicas: Estados Unidos e Nova Zelândia. O jogo começou da maneira que o público presente no estádio esperava: ataque dos americanos , com os yankees chegando à meta dos adversários com certa facilidade. No primeiro tempo, os americanos ameaçaram com algumas jogadas de bola área, mas não conseguiram assinalar seu tento.
  No segundo tempo, com a expulsão do americano Pelosi, o jogo ganhou em lentidão, já que o empate garantia as duas equipes na próxima fase. Com isso, os times apenas administraram o resultado, que se encaminhou até o último silvar do apito em Pachuca.

Empate morno garantiu as vagas de Estados Unidos e Nova Zelândia

  Porém algo curioso aconteceu: as duas equipes empataram não só no gramado, mas também em todos os critérios de desempate. A saída encontrada para o desempate foi o sorteio para definir quem ocuparia qual posição no grupo e os neozelandeses não obtiveram sucesso, terminando na terceira colocação e passando para a próxima fase pelo índice técnico, tendo que enfrentar o Japão nas oitavas.

Nova Zelândia faz história, mas sofre ataque "kamikaze" nas oitavas

  Os garotos da Nova Zelândia já entraram no gramado do Estádio Universitario, em Monterrey, sabendo que haviam entrado para a história do país: conseguiam, pela segunda vez na história, alcançar as oitavas-de-final. A outra vez que isso havia ocorrido foi no último mundial, quando foram derrotados pela Nigéria por 5 x 0. Todavia, o desfecho do encontro ante os japoneses não foi tão distinto das últimas aventuras frente os nigerianos.  
  O primeiro tempo se desenvolveu da melhor maneira possível para os asiáticos: os oceânicos se seguraram bem até os 20 minutos da etapa inicial, quando o Japão abriu o placar com Hideki Ishige. O próprio Ishige ampliou logo aos 22, o que abateu os neozelandeses. A consequência desse choque psicológico viria aos 31 minutos, quando Hayakawa anotou o terceiro e aos 41, quando o zagueiro Colvey fez contra, deixando uma missão impossível para o treinador Aaron Mcfarland resolver: motivar a equipe para o segundo tempo.
  Na etapa complementar, os neozelandeses até vieram com uma postura tática diferente, mas o Japão anotou mais dois, aproveitando brechas no sistema defensivo kiwi, com Minamino aos 11 minutos e Hayakawa aos 35. O placar só não foi maior graças aos próprios 
jogadores japoneses, que se pouparam visando o duelo da próxima fase.

Japoneses massacraram os "kiwis" nas oitavas-de-final: 6-0

Análise do "Do outro lado da Bola"

   Mesmo com uma irregularidade durante os jogos, a Nova Zelândia deixa ao mundo uma boa impressão com seu time Sub-17, mostrando que o futebol na Oceania realmente evoluiu e que esperar os “all whites” como zebras e saco de pancadas nas próximas edições pode ser um grave erro a ser cometido por futuros rivais.

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